segunda-feira, 9 de setembro de 2013

II

permanece o ulmo silente
na seiva da razão
e o diálogo petiz
dita a única certeza
de separados estados
para a erupção



parte a urze intranquila
de corpo inacessível
e o rubor da veste
dita a única certeza
uma ténue e estreita
ilusão


nuno travanca


I

a viagem toma o seu início na base mais equilibrada
do território líquido e assim espesso
há um rumor de deus com a silente ameaça de erupção
imerge inocente uma teia de razão
um fruto mudo aprisionado. a última certeza.


a viagem toma o seu início no grito mais reluzente
do território sólido e assim fluido
há um grito de Deus em silêncio liberto no sopro
emerge culpada uma lufada de deslumbre
uma bizarra partida à descoberta. a última incerteza.


nuno travanca