segunda-feira, 9 de setembro de 2013

I

a viagem toma o seu início na base mais equilibrada
do território líquido e assim espesso
há um rumor de deus com a silente ameaça de erupção
imerge inocente uma teia de razão
um fruto mudo aprisionado. a última certeza.


a viagem toma o seu início no grito mais reluzente
do território sólido e assim fluido
há um grito de Deus em silêncio liberto no sopro
emerge culpada uma lufada de deslumbre
uma bizarra partida à descoberta. a última incerteza.


nuno travanca


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